Desenvolvimento local
Um grande debate que permeia as discussões políticas e econômicas do país é o de como alcançar o desenvolvimento sustentável. Após 500 anos de história o Brasil ainda não conseguiu atingir um nível desejável de avanço econômico, mas principalmente social. Vários foram os projetos que proporcionaram ondas de crescimento, mas nenhum deles conseguiu sustentar-se por um longo tempo. Isso resultou em avanços consideráveis, mas insuficientes à demanda do país. Há vários trabalhos acadêmicos sobre esse assunto, como várias propostas políticas, mas há um consenso de que dada à dimensão territorial do país e suas diversidades culturais e geográficas, um plano de desenvolvimento nacional e único não é suficiente para atender as especificidades locais. Ë nesse contexto que o desenvolvimento local aparece como uma ação estratégica para preencher as lacunas deixadas por planos nacionais, que resultaram em grande desigualdade entre as regiões do país e na sociedade. Apesar disso, não há um modelo estabelecido de desenvolvimento local em torno do qual seria possível criar e organizar um consenso. Uma região que tem grandes necessidades de deter seu empobrecimento e estimular seu crescimento deverá empreender estruturas próprias ao desenvolvimento local. Nesse espaço, o principal objetivo de qualquer política desenvolvimentista é a criação de emprego e renda, que pode ser alcançado através de atividades empreendedoras. A pequena empresa brasileira tem um grande papel na geração de emprego e renda, o que a torna um agente importante no propósito de desenvolvimento de uma cidade. Além disso, a pequena empresa organizada como uma cooperativa permite uma maior democratização da participação do envolvidos e também um maior acesso dos retornos produzidos. Entretanto, as cooperativas se deparam com o mesmo cenário com que se deparam milhares de micro e pequenas empresas, das quais, segundo dados do BID, 70% delas morrem antes de chegar aos 5 anos de