Desenvolvimento infantil português
Distribuição de renda ainda é um problema no norte do país, conclui estudo da Esalq
Publicado em Sociedade por Redação em 5 de fevereiro de 2014
Lucas Jacinto /Assessoria de Comunicação da Esalq
Estudando a distribuição de renda do Brasil desde 2009, o doutorando em Economia Aplicada, Flávio Braga de Almeida Gabriel realizou, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP, um estudo sobre a distribuição de renda na Região Norte do país. “Existem muitos trabalhos tratando da região nordeste – por ela ser a mais pobre, mas sobre a região norte – a segunda mais pobre do país, pouco foi estudado”, explica Gabriel.
Orientado por Rodolfo Hoffmann, professor do Departamento de Economia, Administração e Sociologia (LES), o pesquisador calculou os índices de Gini, Mehran e Piesch, que serviram para mensurar a desigualdade da distribuição da renda entre os indivíduos da população da região norte, no período de 2004 a 2012. “A base de informações foram os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)”.
Segundo o estudo, houve queda sistemática dos índices de concentração da renda domiciliar per capita no Brasil como um todo, porém, a região norte não acompanhou de perto essa queda. Para explicar esses resultados, Gabriel decompôs os índices conforme parcelas da renda.
“Dois pontos são importantes para o entendimento de como as parcelas da renda contribuem para o aumento ou diminuição da desigualdade. O primeiro é a participação da parcela na formação da renda – o quanto que determinada parcela participa na renda total. O segundo é a progressividade ou regressividade dessa parcela”, explica. Ainda segundo o pesquisador, uma parcela progressiva diminui a desigualdade da renda e uma regressiva aumenta a desigualdade. “Dessa forma, a contribuição de uma parcela para a desigualdade da distribuição de renda cresce com sua participação na renda total e com seu grau de regressividade. Uma parcela progressiva, por