Desenvolvimento humana
O individuo vivência mudanças ao longo da vida de todo seu processo de desenvolvimento. As interações sociais levam a pessoa ao constante organizar-se e reorganizar-se de modo a reestruturar suas relações com o mundo, abrindo novas possibilidades para o curso do seu desenvolvimento (Hin-de, 1992). Cada etapa gera a possibilidade da próxima, em uma relação probabilística (Gotlieb, 1996; van Geert, 2003), cabendo a pessoa no exercício da sua vontade, e considerando o ambiente sócio-histórico, a escolha de que direção tomar (Branco & Valsiner, 1997). Em se tratando do curso da vida, a infância, a adolescência e todos os demais estágios constituem exemplos de padrões desenvolvidos pelo indivíduo em suas interações e reconstruções com o ambiente. A complexidade do fenômeno de desenvolvimento humano requer a integração de diferentes campos de saberes. Uma das tentativas recentes nessa direção é feita pela “Ciência do Desenvolvimento” (Dessen & Costa Junior, 2005), que se caracteriza por um conjunto de estudos interdisciplinares que se dedicam a entender os fenômenos complexos relacionados ao desenvolvimento humano no curso da vida (Magnusson & Cairns, 1996). O objetivo desta ciência do desenvolvimento é a análise de sistemas complexos e integrados em diferentes níveis: genético, neural, comportamental e ambiental (físico, sócio e cultural), que interagem ao longo do tempo, traçando trajetórias probabilísticas de desenvolvimento ( Gotlieb, 1996). Os organismos em níveis hierárquicos obedecem a leis bastante semelhantes em seus processos de desenvolvimento e evolução, funcionando como sistemas. De acordo com a perspectiva sistêmica do desenvolvimento, a pessoa encontra-se integrada e em relação a partir de sistemas organizados. Os diferentes níveis do sistema, desde o embrionário até os de maior complexidade social, se interconectam visando o equilíbrio dinâmico. Tal