Desenvolvimento Ecômico
2. A Teoria Clássica e Neoclássica do Crescimento e da Distribuição de Renda
2.1. A Teoria Clássica
A teoria clássica do crescimento e da distribuição de renda se baseia no conceito de “excedente social”
A teoria clássica da distribuição de renda era caracterizada pela assim chamada abordagem excedentária. Segundo essa abordagem, o salário real é determinado previamente aos lucros e a renda da terra, ou seja, o seu valor é dado e conhecido no momento em que se determina a magnitude do excedente e a sua apropriação sob a forma de lucros e renda da terra.
Thomas Robert Malthus usou a ideia dos retornos decrescentes para explicar as baixas condições de vida na Inglaterra. De acordo com ele, a população tendia a crescer geometricamente sobrecarregando a produção de alimentos, que cresceria aritmeticamente. A pressão que uma população crescente exerceria sobre um estoque fixo de terras significa produtividade decrescente do trabalho, uma vez que terras cada vez menos produtivas seriam incorporadas à atividade agrícola para suprir a demanda. O resultado seria salários cronicamente baixos, que impediriam que o padrão de vida da maioria da população se elevasse acima do nível de subsistência. Malthus também questionou a automaticidade da economia de mercado para produzir o pleno emprego. Ele culpou a tendência da economia de limitar o gasto por causa do excesso de poupança pelo desemprego, um tema que ficou esquecido por muitos anos até que John Maynard Keynes a reviveu nos anos 1930. 2.2. Teoria Neoclássica
O modelo de Solow e o crescimento equilibrado de longo-prazo do século XIX.
Mais precisamente a partir de 1870, essa abordagem para a teoria da distribuição é abandonada em favor da assim chamada “abordagem marginalista” ou neoclássica. A característica fundamental dessa nova abordagem é que todos os tipos de renda são determinados de forma simultânea e simétrica em termos das quantidades demandadas e ofertadas