Desenvolvimento econômico
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O ponto de partida histórico para o desenvolvimento é a economia colonial. É a economia própria dos países que são ou que foram colônias ou semicolônias. O que caracteriza a economia colonial é a existência de um Setor de Mercado Externo, isto é, de um conjunto de atividades produtivas que se destinam à exportação. No Brasil o Setor de Mercado Externo era quase só produtor de café, que chegou a representar cerca de 90% da nossa receita de exportações. O Setor de Mercado Externo é o setor dinâmico da economia colonial. Este é o setor que mais cresce em que a produtividade é mais alta, em que os métodos de produção são os mais modernos. Havia ainda na economia colonial um Setor de Mercado Interno, que era uma espécie de sombra do Setor de Mercado Externo. Era constituído por uma série de atividades que complementavam a exportação. Destas, a mais importante era a importação. O Setor de Mercado Interno estava montado sobre o eixo da importação de produtos industrializados. O Setor de Mercado Interno era um reflexo do Setor de Mercado Externo porque o café entra em crise, tudo entra em crise também, assim funciona a Setor de Mercado Externo crescia quando a economia colonial tendia a crescer.
O desenvolvimento econômico na economia colonial é por si só, pela própria dinâmica, apenas reproduz. Ela não tem nenhum impulso interno que leva a alteração. Pelo contrário, enquanto ela está ligada pela oligarquia do Setor de Mercado Externo, frequentemente aliadas com as camadas do Setor de Mercado Interno, essa economia pode sofrer altos e baixos, mas ela não se altera estruturalmente, nem consegue passar a uma fase de industrialização.
As teorias do desenvolvimento são de dois tipos: as teorias de fundo marginalista e as de fundo marxista. Teorias de fundo marginalista atribuem a ausência de desenvolvimento basicamente à falta de capital. Países pobres e atrasados são países desprovidos de capital. Os países subdesenvolvidos, por algum motivo, são pobres e não conseguem