Desenvolvimento econômico brasileiro
A melhoria das condições de vida do homem e o progresso das nações sempre foram preocupações constantes da humanidade. Para o economista francês François Perroux, "desenvolvimento é a combinação das mudanças mentais e sociais que tornam uma população apta a fazer crescer, seu produto real e global". O desenvolvimento econômico de uma nação é o processo/resultado de transformações inter-relacionadas no campo político, no qual se consegue produzir maior quantidade de bens e serviços destinados a satisfazer as necessidades humanas. Vêm acompanhados de contínuas mudanças de ordem quantitativa e qualitativa social, político e econômico de uma nação.
A economia brasileira viveu vários ciclos ao longo da História do Brasil. Em cada ciclo, um setor foi privilegiado em detrimento de outros, e provocou sucessivas mudanças sociais, populacionais, políticas e culturais dentro da sociedade brasileira.
2 ECONOMIA NA ERA IMPERIAL (1822-1889)
No período da independência (1822), o Brasil possuía uma economia direcionada a exportação de matérias-primas. O mercado interno era pequeno, devido à falta de créditos e a quase completa subsistência das cidades, vilas e fazendas do país que se dedicavam à produção de alimentos e a criação de animais.
Durante a primeira metade do século XIX, o Estado imperial investiu pesadamente na melhoria das estradas e detinha um memorável sistema de portos que possibilitava uma melhor troca comercial e comunicação entre as regiões do país. A economia do Brasil era extremamente diversificada no período pós-Independência, mas foi necessário um grande esforço por parte do governo para realizar a transferência do sistema econômico escravocrata e colonial para uma economia moderna e capitalista. Contudo, a monarquia foi capaz de manter até o fim de sua existência um crescimento econômico iniciado com a vinda do então príncipe-regente Dom João ao Brasil. Isto foi possível graças ao liberalismo adotado pelo regime monárquico, que favorecia