DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM EM CRIAN AS COM S NDROME DE DOWN
A linguagem é uma habilidade essencial para nossas vidas, visto que necessitamos nos comunicar por necessidade de propagar algo, seja através de meios verbais e/ou não-verbais. Portanto, é evidenciado que o indivíduo está inserido na linguagem desde o nascimento e continua nela pelo resto da vida. (ALVES, DELGADO, VASCONCELOS, 2008, p. 47)1
Tanto para a criança normal, como também para a criança com Síndrome de Down, a aquisição e desenvolvimento da leitura e escrita apresentam aspectos limitados na interação com o meio social, impedindo-os de compartilhar com o interlocutor uma linguagem estruturada, para que o mesmo possa ser compreendido. A aquisição da linguagem é um processo gradativo que requer algumas capacidades da criança e necessita de um ambiente favorável. Essas capacidades são de ordem neurofisiológicas e psicológicas, e são elas: percepção, memória, imitação e motricidade.
Para que haja um perfeito desenvolvimento da linguagem se faz necessário que as funções envolvidas na linguagem estejam intactas, isto é, a integridade da inteligência, das funções auditivas e das estruturas responsáveis pela articulação.
O adulto ocupa um papel determinante no desenvolvimento deste processo, é ele que pode oferecer um ambiente favorável para a aquisição da linguagem e também oferecer subsídios para que a criança construa seu próprio vocabulário a partir de algumas estratégias do tipo: uso de frases curtas, simplificação sintática, vocabulário simples, situação concreta e imediata, reforçada por gesto e entonação e ao interagir com a criança, dar tempo para ela responder. Segundo Vygotsky (1991), o desenvolvimento da linguagem é impulsionado inicialmente pela necessidade de expressão. Lefèvre (apud ALVES, DELGADO, VASCONCELOS, 2008)2, por sua vez, afirma que são necessários três elementos para que se dê a aquisição da linguagem: querer falar, ter inteligência suficiente para assimilar a linguagem e