Desenvolvimento da criança
A autoridade do adulto sobre a criança, sem duvida, foi quebrada, mas não graças as mães feministas ou liberais inseguros. O acesso infantil ao mundo adulto através da hiper-realidade da mídia eletrônica subverteu a consciência das crianças contemporâneas, que se transformaram em seres dependentes e incompetentes. (STEINBERG, 2001 p. 33)
Entretanto, podemos perceber uma rebordosa causada por tudo isso, o modo de viver das crianças são, ao mesmo tempo, execrados e cultuados pela própria cultura adulta. Vemos, portanto, pais que condenam a infância vivida pelos filhos no momento em que dizem: na minha época não era assim, não tinha esses videogames que temos hoje e que fazem as crianças ficarem na frente de uma TV o dia inteiro... quando eu era criança brincava na rua, subia em árvores... era mais saudável assim. Nessa expressão só revela a nostalgia sofrida por esse adulto, uma vez que, como diz Phillemon: “julgar os outros é perigoso, não tanto pelos erros que podemos cometer a respeito deles, mas pelo que podemos revelar a respeito de nós.” E, assim, como diz George Bernard Shaw, “a juventude é uma coisa maravilhosa. Que pena desperdiçá-la em jovens.” Na contemporaneidade vemos uma forma dicotômica do agir e pensar social, ao mesmo tempo em que os pais (adultos melhor dizendo), condenam uma forma de viver a infância, tal qual é feita hoje, ao mesmo tempo incentivam os filhos a viverem desse modo, comprando-lhes videogames, celulares, fones de ouvido para ouvirem suas músicas. Para que, assim, muitas vezes ganharem a afeição dos filhos, bem como de que estes permaneçam em casa “sem dar trabalho”, pois desse modo reduz a distância