DESENVOLVIMENTO CRIATIVO
DESAFIOS AO EDUCADOR/EDUCADORA DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Lavínia de Melo e Silva Ximenes1
Colégio de Aplicação – UFPE
Resumo: Esse artigo tece algumas considerações acerca do desenvolvimento de crianças e adolescentes tendo por base teórica a perspectiva contextual-interacionista, destacando o papel da criatividade na constituição do sujeito, particularmente no âmbito da educação básica, questionando o lugar da escola na estimulação do potencial criativo de alunos e alunas, mediante ações desencadeadoras do desejo de aprender, experimentar, fazer coisas diferentes e criativas, apontando o grande desafio a ser superado, na atualidade, por educadores e educadoras, como sendo o imperativo de
“aprender a ser” e de “aprender a conviver” com pessoas, contextos e novos saberes de forma interativa, dinâmica e criativa.
Palavras chaves: desenvolvimento, criatividade, contextos educacionais, educação básica, aprendizagem
A ação criadora orienta o homem
Proporcionando continuidade à sua existência.
Goethe
Os processos de desenvolvimento e crescimento, bem como as experiências vitais, constituem-se objetos de interesse e estudo de psicólogos e educadores desde o séc XVIII, quando as crianças adquiriram status de sujeito diferenciado dos adultos, passando a ter um lugar de referência na organização social a partir do núcleo familiar.
Ariès (1960), utiliza a expressão “sentimento da infância” para designar a consciência da particularidade infantil, que distingue a criança do adulto, conferindo a primeira, bem como à infância, um novo status até então impensável, perdendo o caráter de fenômeno natural para ser pensada em função de parâmetros ideológicos.
Compreender a infância como uma invenção social e histórica não impediu que a mesma fosse tratada no campo da psicologia como uma etapa do desenvolvimento evolutivo, ganhando assim relevância. Essa projeção suscitou, conseqüentemente, a necessidade de um maior esclarecimento sobre como