Desenvolvimento como Liberdade, Introdução e Capítulos 1 e 2 - Amartya Sen
Desenvolvimento como Liberdade – Amartya Sen
Introdução
O autor pretende, no texto, mostrar que o objetivo principal do desenvolvimento é trazer liberdade aos indivíduos. Ele tira o foco dos meios, como o aumento do PIB e das rendas pessoais, e coloca nos verdadeiros fins, como a melhora (e no maior alcance) dos serviços básicos (saúde, educação, entre outros) e a garantia dos direitos civis. Para alcançar o real desenvolvimento, deve-se combater as fontes de privação de liberdade: pobreza econômica, excessiva repressão do Estado, falta de serviços básicos disponíveis a todos. São listadas duas razões para que a liberdade seja central ao desenvolvimento:
A razão avaliatória;
A razão da eficácia;
A primeira diz que a avaliação do progresso de uma sociedade deve ser em relação ao aumento (ou diminuição) da liberdade dos indivíduos. Já a segunda, coloca que a condição de liberdade dos agentes da sociedade é um dos principais (e imprescindíveis) motores do desenvolvimento.
Sen coloca algumas noções que considera importantes. Normalmente, coloca-se direitos básicos como fatores indiretos, resultados do crescimento econômico de um país. Outra é a relação que se faz entre renda per capta e a chance de se ter uma vida boa e viver bem. Em alguns países pobres, como Sri Lanka e partes da Índia, vive-se melhor e por mais tempo do que em países com PIBs superiores. Também fala do cuidado que se deve ter quanto à exclusão que o sistema capitalista atual provoca em pequenos agricultores, por exemplo, ou em cidadão que não tem muitas opções de trabalho e acabam por aceitar condições quase que escravas. Por último, mostra que a falta de liberdade econômica acaba levando a falta de liberdade social/política, e vice-versa: um cidadão com poucas opções de emprego, precisando sustentar a família, sujeita-se a condições 'pouco humanas'. São apresentados cinco tipos de liberdade: liberdades políticas;