Desenvolvimento cerebral dos bebês
Quando nascemos nosso cérebro não está totalmente formando, segundo Vieira (2012), uma das áreas que não nascem prontas é a parte superior da massa cinzenta, composta pelo neocórtex. Essa região, é responsável por capacidades como reflexão, planejamento, imaginação, pensamento analítico e solução de problemas. Nos primeiros anos de vida, faltam conexões suficientes entre os neurônios, na ausência destas conexões neuronais a atividade mais intensa acontece nas partes inferiores, mais primitivas. São as áreas que os cientistas chamam de cérebros reptiliano e mamífero. O primeiro é a parte mais profunda e antiga do cérebro humano, pouco modificada pela evolução, regula funções básicas relacionadas à sobrevivência, como fome, respiração e digestão e reações instintivas de defesa e ataque. Já o cérebro mamífero é equipado com habilidades para a convivência e a construção de relações sociais. Também conhecido como cérebro emocional, inclui o sistema límbico, estrutura cerebral que desperta emoções fortes, como raiva, medo e estresse associado à separação.
Enquanto a parte mais primitiva do cérebro já vem bem desenvolvida desde o nascimento, a parte superior que é o nosso cérebro racional só atinge sua plena maturidade por volta dos 25 anos de idade, por isso, alguns comportamentos que queremos que nossas crianças demonstrem são praticamente impossíveis para elas. Durante muito tempo uma das visões mais famosas sobre como funcionaria a mente do bebê era descrita como tabula rasa, “ as crianças nascem sem nenhum conhecimento. Tudo o que aprendem vem do ambiente. Sem a cultura de seus pares, o ser humano seria irracional” (LOPES, 2010, p.63).
Porém, segundo psicólogos, o cérebro dos bebês não é um espaço vazio, ele já vem pronto para absorver conhecimentos sobre o mundo, desde o nascimento, os bebês se mostram interessados em faces humanas, tem a capacidade de reconhecer o rosto das pessoas, quando ouve uma voz de homem direcionam o