Desemprego vs inflação pt-es
Introdução
A manutenção e controlo das taxas de inflação e desemprego são dois dos mais importantes objectivos macroeconómicos de um governo.
A função “Estabilidade” de um governo obriga a que estes indicadores sejam mantidos tão baixos e estáveis quanto possível.
Apesar de serem indicadores distintos, não podemos dissociar um do outro. O economista Willian Phillips provou que, a curto prazo, estas taxas são inversamente proporcionais, ou seja, quanto mais alta a inflação, menor a taxa de desemprego e vice-versa. Esta teoria foi mais tarde confirmada por Paul Samuelson e este modelo foi chamado de “Curva de Philips”.
Este trabalho pretende fornecer uma visão geral sobre o que é a taxa de inflação, taxa de desemprego e como ambas se relacionam.
Mostraremos a evolução destes dois indicadores em Portugal e em Espanha, nos últimos 5 anos e procuraremos identificar as causas comuns que levaram a uma evolução semelhante, embora em escalas distintas.
Taxa de inflação
“O que tem sido precioso para os responsáveis dos bancos centrais, neste final do século, é o sossego pouco habitual do problema da inflação.”
Paul A. Samuelson
(1915 – 2009), Prémio Nobel da Economia, in revista “Economia Pura”, Fevereiro de 1999
Segundo Paul Samuelson, a taxa de inflação é a percentagem anual de aumento no nível geral de preços. A sua variação define, numa perspectiva geral, o valor do dinheiro.
O seu aumento está, muitas vezes relacionado com o aumento da procura e/ou com o aumentos dos custos de produção (ex: Petróleo). No entanto o seu aumento pode ser ainda determinado por uma subida de impostos, sendo que o IVA é o que mais directamente afecta as suas oscilações.
Uma inflação elevada penaliza todos aqueles que possuem dinheiro não aplicado, bem como os que vivem de rendimentos fixos, que vêm o seu poder de compra reduzido.
A quantificação da taxa de inflação não é obtida directamente a partir dos preços, mas sim, com base em indicadores sintéticos