Desemprego Elevado
O desemprego elevado é sinónimo de problema económico bem como social de uma nação. É um problema económico, porque representa um desperdício de recursos valiosos; é um problema social, por que causa enormes sofrimentos aos desempregados que detêm menores rendimentos. Como socióloga centrar-me-ei apenas na parte social.
Embora o custo económico do desemprego seja elevado, não há valor monetário que traduza adequadamente o custo humano e psicológico dos extensos períodos de desemprego persistente e involuntário. Os longos períodos de desemprego traduzem-se em afetações ao bem-estar psicológico do Homem, intimamente ligadas à deterioração do seu bem-estar físico, bem como à desagregação social. Transtornos mentais leves, depressão, diminuição da auto-estima, sentimento de insatisfação com a vida, e dificuldades cognitivas são as principais afetações ao bem-estar psicológico humano, causadas por um desemprego prolongado.
Ao desemprego estão, também, associados o aumento dos casos de violência conjugal e de nova pobreza. Este é, por tal, originário de desorganização familiar e social. No seio familiar, o homem desempregado, socialmente definido como o ganha-pão da família, vê-se como alguém incapaz de cumprir a sua função tal como a concebe; a sensação de impotência da sua parte pode originar casos de violência familiar.
Pode-se, então, dizer que mais do que um problema meramente económico, o desemprego elevado é um problema social. Por isso, no meu entender, é fundamental que a análise empírica do desemprego ultrapasse a lógica puramente económica, englobando também a própria pressão psicológica que dado fenómeno promove sobre o desempregado.
Desemprego natural
Segundo os preceitos da economia neoclássica, o desemprego natural é a taxa para a qual uma economia tende no longo prazo, sendo compatível com o estado de equilíbrio de pleno emprego e com a ausência de inflação. Nessa situação, há um número de trabalhadores sem emprego, mas a oferta