Desempenho Hospitalar Brasileiro: A baixa taxa de ocupação dos leitos hospitalares
A baixa taxa de ocupação dos leitos hospitalares
Em estudo divulgado pelo Banco Mundial os hospitais brasileiros, públicos e privados, apresentam alto índice de reprovação gerencial, e, além disso, afirma-se que o setor de saúde gasta mal, desperdiça e é malgerido. Nesse mesmo estudo, denominado "Desempenho hospitalar brasileiro", a taxa de ocupação dos leitos hospitalares está em 37%, na média, mostrando que, ainda que hajam pessoas morrendo por falta de hospitais em nosso país, os leitos estão lá.
Segundo o diretor de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, o resultado apontado pelo relatório do Banco Mundial deve-se ao desempenho ruim dos hospitais pequenos do país. Beltrame afirma que 60% dos 7.426 hospitais do país continuam com, no máximo, 50 leitos e esses hospitais têm mais dificuldade que os de médio e grande porte e puxam a avaliação para baixo, Segundo o diretor, esses hospitais têm um custo muito alto para os serviços que são capazes de oferecer. Beltrame explicou que há muita ociosidade nessas unidades e que a taxa de ocupação é muito baixa, pois são hospitais que não apresentam resultados. Acabam sendo hospitais onde o paciente passa o dia, não sendo necessário interná-lo.
Para Bernard Couttolenc, um dos autores do estudo, grande parte dos que estão desocupados nem está em condições de estar ocupada (pela precariedade) e quando se diz que a taxa de ocupação é de 37%, é a média nacional, devendo-se ser cuidadoso com essa história de fechar leito porque é um raciocínio simplista dizer que tem 60% de leitos ociosos. Precisa-se de uma política mais ampla de racionalização da oferta de serviços hospitalares.
Diante do que foi exposto, concluí-se que leitos ociosos existem, porém são leitos “físicos” que não são ocupados ou pela sua precariedade ou pela falta de resolutividade do hospital e, em ambos os casos, para que não mais pessoas morram por falta de leitos hospitalares em condições