DESEMPENHO DO BRASIL NAS OLIMP ADAS DE ATENAS
Ferreira, 39, e Grael, 44, são exemplos de medalhistas veteranos do Brasil Maratonista supera maluco e salva o Brasil
30/08/2004 - 14h35
Veteranos garantem pódio, mas desempenho brasileiro piora em Atenas
Murilo Garavello
Enviado especial do UOL
Em Atenas (Grécia)
Em Atenas-2004, o Brasil bateu seu recorde de ouros em uma Olimpíada. Com as quatro conquistas, terminou no 18º lugar no quadro geral de medalhas -melhor colocação desde Moscou-1980, quando havia sido 17º. Porém, o número total de medalhas e o percentual de atletas laureados na delegação do país são os menores desde que Carlos Arthur Nuzman assumiu a presidência do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), em 1995.
Na primeira Olimpíada em que pôde contar com a injeção mensal de verbas públicas no COB e nas confederações -a Lei Piva, colocada em vigor em fevereiro de 2002, já destinou mais de R$ 100 milhões ao esporte olímpico-, o Brasil viu cair pela segunda vez consecutiva o número de atletas que sobiram ao pódio. Em Atenas-2004, 41 dos 247 brasileiros ganharam medalhas, ou 16,5% da delegação. Em Atlanta-1996, o índice havia sido de 28%, com 63 atletas. Em Sydney-2000, de 22,9%, com 47.
"Nosso desempenho foi o esperado", minimiza Nuzman. Entretanto, disse, no domingo, que "nenhum novo projeto será posto em andamento sem antes haver uma reunião do departamento técnico e financeiro do COB, com minha participação e dos presidentes e diretores técnicos de cada confederação", deixando nas entrelinhas ter percebido necessidade de maior ingerência da entidade que dirige junto às confederações.
"Perdemos algumas chances de medalha, mas Olimpíada é diferente de Mundial, de Pan-Americano, de qualquer outra competição. Vi muitos campeões mundiais, e não só brasileiros, serem derrotados. Aqui, o atleta realmente sente", afirmou Nuzman.
Os resultados brasileiros na Olimpíada sugerem que, para