Desejo de Mudança
BETANIA TANURE
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais está lidando com as quatro fases do processo de mudança: “eu preciso mudar”,
“eu quero mudar”, “eu sei fazer a mudança”, “eu faço a mudança”
E
m um país com um desejo de transforma ção explícito como o Brasil, qual é –ou de veria ser– o papel das empresas? Catalisar a mudança. E elas podem muito bem fazer is so, por exemplo, por meio de suas entidades de classe, como as federações de indústrias, que devem ser indutoras do desenvolvimento.
No entanto, vez por outra ouvimos de pessoas ligadas a entidades de classe expressões como: “Ah, aqui não funciona assim. Não é empresa privada, não adianta”. Pergunto ao leitor: será verdade? Ou melhor: precisa ser verdade?
Quero trazer aqui o que considero o con traexemplo positivo de uma entidade catalisadora de mudanças: a Federação das Indústrias do Esta do de Minas Gerais (Fiemg). Ela possui um con selho estratégico, formado por 12 presidentes de grandes empresas, que desde 2005 se reúnem pe riodicamente –em média, a cada dois meses, com o rigor da presença pessoal e intransferível– para discutir, formular e implementar a melhoria das condições de desenvolvimento empresarial com benefício social em Minas Gerais. As reuniões in cluem a participação do governador do estado, cuja presença também é pessoal e intransferível.
Nos últimos dois anos, o conselho vem encami nhando discussões típicas de uma empresa com governança robusta, em torno da estratégia de ne gócio e da estratégia de gestão do Sistema Fiemg, a começar por ter uma causa formal, aqui explicita da por Olavo Machado, seu presidente: “Ser essen cial na contribuição à indústria mineira, gerando resultados que sustentem sua competitividade”.
Entraram na rotina da Fiemg questões como re sistência à mudança, necessidade de sair do subde sempenho satisfatório, antecipação à indústria.
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Olavo e o conselho