Descrte de remedios em lixos

QUEIMA DA PALHA DA CANA DE AÇÚCAR
Efeitos e conseqüências Professor – Fernando Cesar Bolque

Razões e justificativas para a queima:
• A queima elimina as folhas da cana, facilitando o corte para o trabalhador. Conseqüência: aumento da produtividade do trabalho, o implica para o empregador, contratação de menor contingente de força de trabalho a preço inferior. • Não existem provas de que a queimada degrada o meio ambiente e gera efeitos negativos na saúde da população. • Existe a necessidade econômica, posto que o corte da cana crua inviabiliza economicamente a cultura canivieira, o que poderia gerar desemprego.

• Efeitos à saúde:
– Anos 80: inexistência de estudos científicos acerca da queima da palha. – 1988/1989: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) realiza o Projeto Fogo:
• Liberação de gases primários: monóxido de carbono, dióxido de carbono, metanos e hidrocarbonetos. • Ao reagirem fotoquimicamente na atmosfera transformam-se em OZÔNIO: smog fotoquímico. A queima resulta em processo 15 (quinze) vezes superior às queimadas da Amazônia.

– 1992: USP/Ribeirão Preto: 20 mil casos anuais de internações por doenças respiratórias e 2739 óbitos.

• Efeitos agronômicos:
– As pontas e filhas da cana representam 30% de sua biomassa, que é queimada, exportando para a atmosfera todos os nutrientes nela contidos; – Uso do fogo prejudica a ciclagem dos nutrientes do solo e interfere na atividade biológica; – Contribuem para o aumento da infestação da broca da cana, pois elimina seus inimigos naturais; – Uso de adubação química (conseqüência da anterior); – Redução da vegetação nativa; – O desaparecimento da cobertura vegetal altera as condições climáticas da região, principalmente o regime de chuvas.

• Efeitos jurídicos:
– No Estado de São Paulo há a Lei 11.241, de 19 de setembro de 2002 que dispõe sobre a eliminação gradativa da queima da palha da cana-de-açúcar.
• Considerações: primeiramente há que ser destacado que a Lei, em si, já é