Descontaminação pediátrica
É a etapa em que se procura diminuir a exposição do organismo ao tóxico, quer reduzindo o tempo e/ou a superfície de exposição, quer reduzindo a quantidade do agente químico em contato com o organismo.
A conduta varia de acordo com a via da possível absorção do tóxico. As principais vias de exposição aguda humana são: • Digestiva
• Respiratória,
• Cutânea e percutânea.
via digestiva
É mais importante nos casos pediátricos, nos quais, na maioria das vezes, a intoxicação ocorre após ingestão de um produto químico.
As principais medidas de descontaminação utilizadas até agora são:
a) Antídotos locais: não é mais recomendado. Neutralização do produto tóxico ácido ou básico é, de um modo geral, contra- indicada, pois, como a maioria das reações de neutralização liberam calor, aumentam os riscos de lesão ou de agravamento de lesões mucosas.
b) Medidas provocadoras de vômitos: validade é discutível, sua eficácia depende da rapidez de execução, que não ocorre na quase totalidade dos casos. Apresentam várias e importantes:
Contra -indicações: ingestão de derivados de petróleo ou de produtos cáusticos, agitação psicomotora e presença de convulsões ou depressão neurológica.
Os procedimentos mais comuns incluem indução do reflexo nauseoso por estimulação mecânica da faringe, xarope de ipeca, apomorfina (emético)
c) Lavagem gástrica: ainda é exageradamente realizada. Não deve ser usada rotineiramente no tratamento do paciente intoxicado; que em estudos experimentais a quantidade removida de marcadores é muito variável e diminui com o tempo, e que não há evidência válida de melhora da evolução após seu uso.
Contra- indicações
O procedimento é formalmente contra-indicado nos pacientes com reflexos protetores das vias aéreas comprometidos, se não for realizada prévia intubação endotraqueal.
d) Carvão ativado: a administração de carvão ativado parece ser, até o momento, o melhor procedimento para