Descartes
Estabelecendo que Deus é bom em sua totalidade e que assim não pode nos enganar quanto à realidade (pois não seria bom se assim procedesse), temos a segurança de que podemos conhecer as coisas sem que um possível “gênio mau” nos engane, nos iluda. Entre estes e outros argumentos ele fundamenta a segurança para podermos conhecer o que nos rodeia.
Para ele, a intuição seria uma forma de conhecer as coisas de forma segura. Através desta podemos captar de maneira segura e direta através da nossa inteligência (razão) os conhecimentos simples, que por assim serem não nos resta qualquer resquício de dúvida quanto a sua validade. Isto por que a intuição é caracterizada por nos fornecer idéias claras e distintas e uma apreensão da totalidade do objeto, sem precisarmos de uma devida demonstração, pois tudo isso é dado de forma imediata. Em outras palavras, conhecemos determinado objeto completamente sem precisarmos de um aprofundamento para se chegar a sua essência, pois a totalidade da idéia ou do objeto é nos fornecido no momento em que se dá o contato direto.
É importante saber que Descartes diferencia a intuição da dedução. Em primeiro lugar, a dedução também é uma forma segura de se conhecer. Por conseguinte, ela é no tempo posterior à intuição, pois ela é caracterizada por ser uma concatenação de intuições. Isto é, ela é o produto do encadeamento de várias intuições e suas relações mantidas entre si. É algo obtido de maneira