Descartes, rené. meditações; resenha
Paradigmas Epistemológicos
Professor Menezes
Aluna: Samara Passos Santos Reis
DESCARTES, René. Meditações, São Paulo: Abril Cultural, 1983.
Descartes nasceu na França em 31 de Março de 1596, na pequena cidade de La Haye, entre Tours e Poitiers. Aos dez anos de idade foi mandado para o colégio jesuíta de La Flèche, em Anjou, onde estudou por nove anos como aluno interno. Aos 22 anos formou-se em Direito pela Universidade de Poitiers, porém nunca exerceu a profissão. Viajou pela Europa e fez muitos amigos, como o holandês Isaac Beeckman, a quem dedicou seu primeiro trabalho, Compendium Musicae, escrito em 1618, no qual aplicava princípios quantitativos ao estudo da harmonia musical e da dissonância. Convencido de que a matemática continha um método ideal que poderia ser aplicado a todo o conhecimento, Descartes buscou fundar um novo sistema filosófico e científico. Estabeleceu-se na Holanda em 1628, onde teve uma filha que morreu tragicamente aos cinco anos de idade. Escreveu um tratado sobre cosmologia e física em 1633 chamado Le Monde, onde rejeitava a teoria do geocentrismo, porém suspendeu sua publicação ao saber da condenação de Galileu. Em 1637 publicou de três ensaios: Ótica, Metereologia e Geometria. Essa obra continha um prefácio intitulado Discurso sobre o método de bem conduzir a razão e buscar a verdade nas ciências, que tornou-se muito conhecido. Em 1641 publicou em Paris as Meditações. Já no final da década de 40, Descartes cedeu ao pedido da Rainha Christina da Suécia e mudou-se para Estocolmo para ensinar-lhe Filosofia. Era obrigado a dar aulas às cinco da manhã, contrariando seu costume de levantar tarde, e nessas circunstâncias acabou contraindo uma pneumonia e faleceu a 11 de Fevereiro de 1650.
Na Meditação Primeira, Das Coisas que se Podem Colocar em Dúvida, Descartes relata que, antes de estabelecer qualquer verdade, é necessário primeiro desfazer-se de tudo o que até então ele acreditava, pois todo o seu