Descartes - principais regras do método
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René Descartes, como um racionalista convicto, busca em sua obra, “O Discurso do Método”, combater os cépticos e debater a razão, buscando demonstrar que essa é a origem do conhecimento humano. Para mostrar que essa razão pode atingir um conhecimento verdadeiro ele cria um método que tem como objetivo a obtenção de uma verdade indiscutível. Uma vez conhecida a dinâmica específica da razão, é possível fixar as regras do método. Descartes assegura que, seguindo tais regras, qualquer mente medíocre pode chegar tão longe quanto seja possível no conhecimento das coisas, tamanhos são seu otimismo e sua confiança no poder da razão. As regras do método, como ele expõe em seu discurso do método (1637), são: 1. Julgar sempre de acordo com a evidência. A evidência se dá unicamente na intuição e essa se manifesta com os sinais do claro e do diferenciado. Só devemos aceitar como verdadeiras aquelas ideias que se apresentam de tal maneira à razão que essa tem de aceitá-las como verdadeiras. Ao formular essa primeira regra, Descartes introduz um novo conceito de verdade: ela já não consiste na adequação do pensamento a realidade, mas é uma propriedade das ideias em si mesmas. 2. Análise, que consiste em dividir cada uma das dificuldades que se examinem em tantas partes quantas forem possíveis e em quantas exigir sua melhor solução. Trata-se de chegar às naturezas simples, já que no simples é possível verificar se se cumpre o requisito da evidência. 3. Síntese, que é a reconstrução dedutiva do complexo a partir do simples. Começar pelos objetos mais simples e mais fáceis de se conhecer, para ir-se elevando pouco a pouco, como que por gradações até o conhecimento dos mais compostos. O conhecimento do complexo assim obtido tem garantia de ser verdadeiro, na medida em que houve uma cadeia de intuições, portanto de evidências, que é aquilo em que a dedução propriamente consiste. 4. Enumeração. Para garantir a conexão global do processo, é preciso