Desburocratização das empresas
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A burocracia empresarial no Brasil A vida do brasileiro não anda nada fácil. Temos hoje a 14ª maior carga tributária do mundo, trabalhamos cinco meses somente para pagar estes impostos e o nosso governo é hoje o que dá menos retorno dos tributos pagos a sua população, segundo pesquisas. E se você quiser empreender por aqui, será preciso contar, além de com muita vontade e coragem, com a paciência. Todos nós, de uma maneira ou de outra, já fomos vítimas desse mal que assola todo o nosso sistema governamental: a famigerada burocracia. Hoje, segundo pesquisas relacionadas ao tema, o tempo médio entre a criação e o total funcionamento de uma nova empresa no Brasil é de 107 dias. Para efeito de comparação, este mesmo tempo médio, nos EUA é de quatro dias e na Austrália é de 48 horas! O Brasil ocupa hoje a 116ª posição no “Doing Business”, relatório elaborado pelo Banco Mundial, que nos classifica como “muito ruins” em relação ao apoio ao empreendedorismo. Em uma oportunidade recente que tive de conversar com um colega da minha empresa, que trabalha na unidade da Inglaterra, tentei explicá-lo de uma forma simplificada, como funcionava a tributação no Brasil. Era nítido o espanto dele, quando comecei a discorrer sobre o IR, CSLL, PIS, COFINS, ISS... A pergunta dele ao final foi a seguinte: por que tanta burocracia e impostos? Infelizmente hoje, não vigora por aqui o princípio da boa fé. A primeira premissa é sempre de que estamos tentando levar vantagem ilícita ou estamos omitindo algo aqui ou ali. Por isso, precisamos viver reconhecendo firma e autenticando cópias de nossos documentos em cartórios, para provarmos que somos nós mesmos. O mesmo tipo de processo burocrático se repete tanto para criação quanto para a manutenção e fechamento de uma empresa no Brasil. São dezenas de formalidades a se cumprir antes, durante e depois da sociedade. Obrigações acessórias, registros nos mais variados tipos de órgãos (em sua esmagadora maioria pagos) e muito mais.