Desarmamento
Imagine o leitor que você colocou todas as suas economias em ações de uma determinada empresa. Um belo dia você recebe a informação que a empresa está a beira da falência. O que você faria? Bem, em primeiro lugar trataria de manter segredo total sobre a situação da empresa e diria para todo mundo que a empresa vai muito bem, obrigado. Enquanto isso, tentaria vender os papéis o mais rapidamente possível, para recuperar o dinheiro aplicado, e cuidaria de aplicá-lo em ativos reais, tipo uma casa ou um terreno. Não é assim que todos agem?
Agora imagine que grandes grupos econômicos descobriram que existe uma “bolha especulativa” de alguns trilhões de dólares no sistema financeiro mundial. Essa montanha de dinheiro não corresponde a nenhuma riqueza, isto é: não passa de papel pintado, sem lastro.
Tal como você faria, esses grupos tentam manter segredo sobre o assunto enquanto tratam de converter esse papel em ativos reais. O problema é que converter essa incrível quantidade de dinheiro em ativos não é fácil. É preciso transformar esse papel em bens que mantenham seu valor no caso do sistema financeiro mundial entrar em colapso. O ideal é comprar coisas que sempre terão valor enquanto existir a humanidade, por exemplo: minérios, petróleo, terra fértil, empresas de energia elétrica, grandes redes de telecomunicações, etc.
Mas para adquirir essas riquezas alguns obstáculos precisam ser removidos. O maior deles são os estados nacionais. Fora dos EUA, a regra geral é esses bens estarem sob controle dos estados, na maioria das vezes sob o manto de grandes empresas estatais. Diversas estratégias foram adotadas por esses grupos para acabar com as barreiras que os diversos países