Desafios na educação infantil do século xxi
É inegável que o processo de transição democrática, iniciado no país na década de 80, possibilitou a expansão da luta pela cidadania também a população infanto-juvenil. Uma das maiores conquistas nesse sentido foi o reconhecimento dessa instituição enquanto um direito da criança e da família e, um dever do Estado. Entretanto, apesar dos avanços obtidos através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, verifica-se que a integração do sistema de ensino ainda não foi concretizada em vários municípios . Observa-se que o grande desafio que ainda se põe para o Brasil em termos educacionais ao ingressar no século XXI nos vem do século XIX. Trata-se da tarefa de organizar e instalar um sistema de ensino capaz de universalizar, devendo respeitar as particularidades de cada região, o ensino básico e, por esse caminho, erradicar o analfabetismo, entretanto, o analfabetismo funcional que atrapalha tanto a vida pessoal quanto o progresso do país continua crescendo. Nosso atraso já é, pois, secular o que vem implicando um grande déficit histórico. E é preocupante constatar que a política educacional em curso, embora disposta a atacar esse problema, não o está encaminhando da forma mais adequada. O nosso desafio no ensino básico é primeiro, estarmos atentos para a sua complexidade e multidimensionalidade. Deve-se ter bem claro qual o papel do educador na construção da qualidade de ensino, pois não se constrói qualidade sem uma visão do todo do trabalho e do todo da criança e das relações existentes, sem que haja um grande investimento em termos de tempo, esforço, determinação, persistência, motivação e interdisciplinaridade. Sem o trabalho de uma equipe partilhando objetivos, afetos, direitos, deveres e responsabilidades, não se configura a qualidade no ensino. Mais um desafio encontrado no século XXI é que ainda existem escolas que não estão preparadas para os seus alunos, uma vez que elas não aprenderam a lidar com as