Desafio profissional Família e Sociedade e Serviço Social Contemporâneo
Os laços sociais iniciam-se na relação com os pais, este elo fundamenta a formação de outros laços afetivos na vida do indivíduo, verificando-se condições de convivência, de relacionamento, de socialização, de participação, não só no seio familiar, como também nos ambientes de trabalho e nas interações que desenvolvem ao longo da vida.
Em período recente, a família conheceu inúmeras e marcantes transformações. No contexto da sociedade contemporânea brasileira, muitos são os aspectos reveladores dessas transições que imprimem “novas” configurações e redesenham os contornos e as fronteiras familiares (Eunice Teresinha Fávero, 2009, p.15).
O aumento da expectativa de vida nos centros urbanos, reflete diretamente na vida familiar, o que propicia maior convívio entre as gerações, no entanto essa convivência pode ser conflitante. A inserção e valorização da mulher no mercado de trabalho, transfere a responsabilidade do cuidado e educação dos filhos para os avós e/ou bisavós, o sustento da casa passa a ser compartilhado e não mais como papel principal do homem, a redução do número de filhos, o surgimento de tecnologias reprodutivas, as novas representações dos papéis femininos e masculinos, o crescimento do número de mulheres chefes de famílias, o aumento dos divórcios/separações e dos recasamentos (padrastos ou madrastas) são também indicadores das alterações pelas quais passa a vida familiar e aspectos fundamentais na construção dos vínculos familiares atuais.
Essas transformações, que envolvem aspectos positivos e negativos, desencadearam um processo de fragilização dos vínculos familiares e comunitários e tornaram as famílias mais vulneráveis.
(PNAS, 2004, item 3.1.1. Matricialidade sociofamiliar, p.40)
Em função da fragilidade verificada