desafio em envelhecer e a comunicação
No Brasil, a população passa por um rápido processo de envelhecimento, devido à significativa redução da taxa de fecundidade desde meados da década de 1960 e ao aumento da longevidade dos brasileiros. A taxa de fecundidade total passou de 6,28 filhos por mulher em 1960 para 1,90 filhos em 2010, uma redução de cerca de 70%. No mesmo período, a expectativa de vida ao nascer aumentou 25 anos, chegando a 73,4 anos em 2010 (IBGE, 2012). Além disso, em 2050, estima-se que o percentual de pessoas acima de 60 anos corresponderá a cerca de 30% da população do país (IBGE, 2008).
Conceitualmente, o processo de envelhecimento populacional é uma mudança na estrutura etária da população que resulta em uma maior proporção de idosos em relação ao conjunto da população (Carvalho & Garcia, 2003). Isso ocorre, principalmente, pela redução da fecundidade da população, que torna os grupos etários mais jovens menos representativos no total da população.
Assim, a pessoa que vai envelhecendo tende a sofrer de síndrome demêncial apresenta problemas na comunicação como, por exemplo: pensamento "concreto", um retardamento no tempo de resposta; problemas de memória; déficits sensoriais; e flutuações do pensamento. Um problema que implica no relacionamento entre ambos, pois às vezes o idoso com demência sequer responde, embora esteja olhando para o interlocutor, não sabemos o que ele vê, pois às vezes seu olhar é perdido e distante para quem cuida dele.
Portanto interessa-nos a comunicação entre cuidadores principais e idosos com demência e suas implicações para o cuidado no âmbito doméstico. Isso implica em investigar a formação da mensagem utilizada pelos cuidadores para se comunicarem efetivamente com o idoso. Nesse sentido, aplicou-se um referencial teórico que ressalta a importância dos conceitos de ruído e fidelidade da comunicação, compreendendo que o isolamento dos fatores envolvidos na comunicação determinam sua efetividade. Ruído na comunicação são os