Desafio Balde de Gelo
O desafio do balde de gelo é a última moda da internet. Atores, cantores, apresentadores de TV, atletas, enfim, personalidades de diversos campos de atividade tomaram o banho gelado e publicaram vídeos em redes sociais, mas muitos esqueceram o principal: falar sobre a esclerose lateral amiotrófica (ELA). A campanha, criada pela americana ALS Association para levantar doações e dar publicidade à rara doença, teve repercussão surpreendente. O risco é que, por seu caráter lúdico, a brincadeira perca o propósito e se reduza a uma forma de as pessoas se autopromoverem na web.
Viralizar é importante, mas o balde de gelo não explica nada a ninguém. O problema é quando vira a modinha da vez. Muita gente está tomando o banho sem sequer citar a doença e, principalmente, sem fazer doações
Nos EUA, a ALS Association tinha arrecadado até ontem US$ 31,5 milhões de mais de 637 mil doadores. O polêmico jogador de pôquer Dan Bilzerian cumpriu o desafio da sua forma: cercado por lindas mulheres e uma cabra, mas fez questão de informar a causa e disse ter doado US$ 10 mil à instituição. O ator Charlie Sheen trocou a água e o gelo por notas de dólares, mas deixou o recado: “o gelo vai derreter e esse dinheiro vai realmente ajudar as pessoas”.
Por aqui, a jornalista e apresentadora Fátima Bernardes dedicou um programa inteiro à causa e aceitou o desafio em rede nacional; já a atriz Deborah Secco fez questão de mostrar a foto do comprovante de transferência. Porém, entre as incontáveis celebridades brasileiras que se molharam nos últimos dias, a regra foi citar quem desafiou e indicar outras três pessoas para participar da brincadeira. E só.
Rafinha Bastos entrou na onda do desafio do balde de água fria, mas não fez campanha por nenhuma causa beneficente. Ele optou por chamar atenção para um dos maiores problemas de São Paulo na atualidade, a falta de água. Nas redes sociais, o humorista publicou um vídeo em que aparece desafiando o