Dermatopatias piogênicas
Dermatopatias piogênicas em cães de abrigo e padrões de sensibilidade aos antimicrobianos in vitro de cepas de Staphylococcus pseudintermedius
Introdução Dentre as principais afecções que acometem os cães, as dermatopatias representam de 20% a 75% dos casos atendidos na clínica médica veterinária. Além disso, as doenças bacterianas de pele em cães estão entre as mais frequentes na prática dermatológica. Nas piodermites caninas, o agente bacteriano mais comumente isolado é o Staphylococcus pseudintermedius, que anteriormente era denominado S. intermedius. Em cães de abrigo, as dermatopatias bacterianas são de ocorrência frequente. Devido ao caráter contagioso, elas devem ser monitoradas e tratadas. O tratamento das dermatopatias bacterianas piogênicas consiste basicamente no uso de antibióticos de amplo espectro e, na maioria das vezes, e faz de forma empírica, sem o resultado da cultura bacteriana e o apoio de testes de suscetibilidade a antimicrobianos, contribuindo para o aparecimento de cepas casa vez mais resistentes. Material e Métodos Entre julho de 2007 e outubro de 2008, 100 cães de ambos os sexos foram selecionados de um abrigo para pequenos animais de uma organização não governamental de utilidade pública sem fins lucrativos da cidade de Curitiba, PR, apresentando lesões (localizadas ou generalizadas) dermatológicas piogênicas. As amostras foram colocadas em meio de transporte de Stuart ou em frascos plásticos estéreis e enviadas ao laboratório para processamento em até 24 horas. As amostras foram semeadas na superfície de ágar sangue de carneiro a 5%, àgar sal manitol e àgar MacConkey pela técnica de esgotamento e incubadas em anaerobiose por 24-72 horas, a 37ºC. Foram testados 22 antimicrobianos.
Resultados Das 100 amostras analisadas, 93 (93%) tiveram crescimento bacteriano. Em 61 obteve-se cultivo para Staphylococcus pseudintermedius, e em apenas uma amostra foi obtido crescimento puro de