Dermatites de contato
DEPARTAMENTO DE MEDICINA
ALERGIA E IMUNOLOGIA CLÍNICA
MATHEUS BENEVIDES FERNANDES
DERMATITE ATÓPICA (DA)
Conceito: É uma dermatose inflamatória crônica, não contagiosa, de etiologia multifatorial, caracterizada por prurido intenso e xerose cutânea. As lesões apresentam morfologia e distribuição típicas, acometendo principalmente crianças com antecedentes pessoais ou familiares de atopia. É uma erupção eczematosa pruriginosa recorrente, que geralmente se inicia nos primeiros anos de vida.
Epidemiologia: Segundo o Estudo Internacional de Asma e Alergias na Infância ou International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), a prevalência média de DA em adolescentes é de 8,9% variando de 7,3% na região Sul a 11,1% na região Norte. E dermatite grave de 0,8% na faixa etária de 6 e 7 anos de idade, bem como 0,9% na faixa etária de 13 e 14 anos.
Fisiopatologia: Ocorrem duas alterações significativas na dermatite atópica, que são as disfunções da barreira epidérmica e a imunológica. Na DA, a barreira cutânea encontra-se alterada, há maior perda de água tansdérmica. Há redução das ceramidas, o que afeta a função do estrato córneo como barreira. Essas alterações contribuem para maior suscetibilidade às infecções, estímulo à resposta imunológica, maior vulnerabilidade a irritantes e a alérgenos e exacerbação do prurido. A pele com dermatite atópica contém maior número de células de Langerhans, com afinidade acentuada a IgE, que se ligam aos alérgenos prosseguindo com ativação linfocitária para desvio Th2 (linfócitos auxiliares tipo 2). Na fase aguda, antígenos ativam as células de Langerhans (apresentadoras de antígenos), com consequente estimulação de linfócitos Th2, com produção de IL-4, IL-5 (promove a migração de eosinófilos) e IL-13 (indutora de crescimento celular). Essas interleucinas induzem os linfócitos B a produzirem IgE e também à expressão de moléculas de adesão vascular, como VCAM-1, responsáveis