Depósito de estéril
A extração de bens minerais faz surgir uma quantidade expressiva de materiais de pouco ou nenhum valor econômico, como o minério futuro e o estéril. O manejo do minério futuro responde a uma estratégia de negócio: tal minério pode ser aproveitado e, ainda, dar um retorno financeiro. Já a remoção de estéril da área de lavra e a sua disposição final representam apenas custos no desenvolvimento de uma mina com implicações, não só de ordem econômica, mas, também, no que diz respeito à segurança e ao meio ambiente.
Atualmente o manejo criterioso de estéril impõe-se devido a diversos fatores. Entre esses fatores destacam-se o significativo aumento no volume de material movimentado nas operações mineiras, a maior escassez de áreas adequadas à disposição, especialmente em empreendimentos mais antigos, a maior exigência dos órgãos fiscalizadores, principalmente nos aspectos ambientais, e o amplo leque de possibilidades para a utilização futura desses depósitos. Essa situação faz com que seja necessário um esforço maior de planejamento das atividades de projeto, construção, operação e reabilitação das estruturas finais geradas pela movimentação dos estéreis.
No Brasil, o planejamento e o projeto de uma pilha estão sujeitos a aprovações legais, apesar de se exigir muito pouco sobre investigação e projeto. A norma ABNT NBR 13029 (2006) especifica os requisitos mínimos para a elaboração e a apresentação de projeto para disposição de estéril.
Este trabalho de pesquisa irá abordar o conceito de pilha de estéril, o local onde as pilhas devem ser construídas na mina, como deve ser feita essa construção e a metodologia usada, as atividades de operação e manutenção após a construção dessas pilhas, além de um estudo de caso sobre a pilha de estéril permanente na Mina do Andrade.
2. DEPÓSITO DE ESTÉRIL X BOTA-FORA
“Nas atividades de mineração, as principais fontes de degradação são: a deposição de resíduos ou rejeitos decorrentes do