depressão pós parto
O puerpério é fase especial na vida da mulher, durante a qual as atenções estão voltadas para o recém nascido (RN) e existe, por parte da família, expectativa de mudanças e alegrias.
Ressalte-se que, para a mãe, os cuidados e as necessidades da criança demandam tempo e trabalho, acompanhados, muitas vezes, de distúrbios do sono, cansaço e agitação. Essa sobrecarga física e as responsabilidades dos cuidados com o RN podem ocasionar ansiedade e, como conseqüência, estresse psicológico, que pode manifestar-se como um quadro de depressão
A depressão pós-parto (DP) foi definida como transtorno do humor que se inicia, normalmente, nas primeiras quatro semanas após o parto e pode ser de intensidade leve e transitória, neurótica, até desordem psicótica.
A depressão maior ocorre por período mínimo de duas semanas, com a presença do humor depressivo ou anedonia (diminuição ou perda do interesse nas atividades anteriormente agradáveis) associada a pelo menos quatro dos sintomas: alteração significativa de peso ou do apetite, insônia ou sono excessivo, fadiga, agitação ou lentidão psicomotora, sentimentos de desvalia ou culpa, perda de concentração e idéias de morte ou suicídio.
.A psicose puerperal tem incidência de um a dois casos em mil nascimentos. Acarreta grave prejuízo da capacidade funcional da mulher e pode ocasionar o suicídio ou mesmo o infanticídio, geralmente associado a quadro de alucinação. A recorrência de psicose puerperal é de 30 a 50% a cada parto subseqüente
.A DPP tem prevalência de 10 a 15% em mulheres adultas e de até 26% entre as adolescentes. Sua etiologia foi relacionada a fatores hormonais e hereditários.
Na gestação, os níveis de estrógeno e progesterona estão aumentados e podem ser responsáveis por alterações de humor observadas nesse período da vida da mulher. A redução brusca dos hormônios, que sucede o parto, estaria, também, envolvida na etiologia dos quadros depressivos ocorridos no puerpério. Os fatores de risco