depressão pos parto
A depressão pós-parto é um sério problema de saúde no ciclo gravídico-puerperal, atingindo aproximadamente 10 a 20% das mulheres nos seis primeiros meses após o parto, afetando a mãe, a criança, o parceiro e a família.
O diagnóstico da depressão pós-parto não é fácil, uma vez que muitos sintomas como alterações do sono, no apetite e fadiga são comuns no puerpério. Os sintomas da depressão pós-parto são similares àqueles da depressão que ocorre em período não-puerperal, com início típico nas seis primeiras semanas do puerpério, podendo incidir até seis meses após o parto, devendo o humor depressivo e a perda de interesse nas atividades estar presentes por no mínimo duas semanas. Outros sintomas como alterações do sono, adinamia, sentimentos de culpa ou desânimo, perda de concentração ou pensamentos suicidas também podem estar presentes.
É importante permitir que a gestante possa expressar livremente seus temores e ansiedades, e um Enfermeiro bem treinado pode dar assistência e orientação, auxiliando a gestante a enfrentar as diversas situações de maneira mais adaptativa, realista e confiante. Trata-se de um trabalho preventivo, se tiver início junto com o acompanhamento no pré-natal e/ou de suporte ante a crise, no caso da depressão pós-parto já instalada. Os benefícios dessa atuação precoce e preventiva não se restringem ao bem-estar exclusivo das mães. São atitudes que representam também um grande benefício às crianças pois, de acordo com as observações da literatura, existem boas evidências de correlação entre as desordens depressivas das mães e os distúrbios emocionais de seus filhos (Chaudron & Pies, 2003).
2. Depressão pós-parto
A depressão pós-parto (DPP) é uma forma de depressão que afeta mulheres após terem dado a luz a um bebê. Estima-se que cerca de 60% das novas mães passam por uma forte melancolia após o parto conhecida internacionalmente como baby blues. No Brasil cerca de 40% desenvolvem depressão sendo que 10% apresentem a sua forma