Depressão na infância
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Estão completamente erradas as pessoas que dizem: “crianças não ficam deprimidas porque não têm problemas”. E quem disse que precisa de problemas para ter depressão? Os problemas trazem tristeza, ansiedade e angústia. É claro que as vivências podem agravar nosso estado de humor, mas depressão é outra coisa. É uma doença, um transtorno do afeto, é um desarranjo cerebral funcional e tem uma base bioquímica (conheça Depressão).
Existe sim depressão na criança, porém, trata-se de um quadro atípico. Dificilmente veremos uma criança queixando de angústia, um vazio dentro de si, um medo indefinido, insegurança, autoestima baixa, perda de prazer com as coisas, perspectivas futuras sombrias... Isso é discurso depressivo típico e de adultos. Na criança a depressão é completamente diferente.
O Transtorno Depressivo Infantil é um quadro sério e capaz de comprometer o desempenho, o desenvolvimento e a maturidade psicossocial. A maior dificuldade no diagnóstico, estudo e tratamento da depressão infantil é proporcionada pela descrença na existência da doença. Essa descrença foi influenciada fortemente pelo excesso de psicologismo dos autores que atribuíam à depressão uma origem exclusivamente vivencial, juntamente com o pouco conhecimento desses mesmos autores sobre os fatores biológios das depressões.
Mas isso não foi suficiente para fazer desaparecer a depressão infantil da realidade clínica. Ela existe, de verdade, e continua fazendo vítimas na mesma proporção em que profissionais que lidam com crianças, pais e, principalmente avós, teimam em achar quecriança não fica deprimida.
Outro fator que compromete o entendimento da depressão infantil é a grande diferença entre seus sintomas e os sintomas da depressão do adulto. Enquanto o adulto deprimido consegue falar sobre seus sentimentos, deixando clara a tonalidade