Depressão entre acadêmicos de enfermagem
1.1 RELATOS HISTÓRICOS DA DEPRESSÃO
A depressão representa uma das doenças mais comuns da era moderna. O olhar da mídia direcionado para a depressão nos últimos anos, tem se intensificado, e isso de fato não é à toa. Contudo, o que poucos sabem que o estado melancólico contínuo é um dos sinais e sintomas mais antigo presente entre a humanidade (CORDÁS, 2002).
Os primeiros relatos na história da humanidade de pressupostos sintomas de depressão deu-se em meados de 500 a. C. – 100 d. C. Gregos já partilhavam a ideia moderna de que as doenças da mente se conectam de algum modo à disfunção corporal. A prática médica grega era baseada na teoria dos quatro humores, que considerava o temperamento como consequência dos quatro fluidos corporais: fleuma, bile amarela, sangue e bile negra. A depressão foi por muito tempo ligado a um excesso dessa secreção biliar negra, que é fria e seca, a qual nunca foi encontrada até hoje nos seres humanos. A teoria dos humores consistiu na substituição da mitologia pela biologia e na adoção de um modelo de observação clínica. Hipócrates, no século V antes de Cristo, já conhecia e definia a depressão com a denominação de melancolia: “uma afecção sem febre, na qual o espírito triste permanece sem razão fixado em uma mesma ideia, constantemente abatido” (SOLOMON, 2002).
Para tratar a depressão mudavam-se a dieta, faziam ginástica, hidroterapia, além de tomarem medicamentos orais, ervas catárticas, eméticas e purgantes destinadas a eliminar o excesso da bile negra presentes no sangue (SOLOMON, 2002). O diálogo com o doente era importantíssimo este nunca o deixado sozinho. Ao observarem que as mulheres melhoravam após a menstruação, eram sugeridas sangrias e evacuações, e essas práticas perduram pelos próximos 1500 anos (CORDÁS, 2002).
Filósofos como Aristóteles e Platão tiveram grandes contribuições para a psicologia humana. Aristóteles afirmou que os melancólicos têm mais espírito que os outros