Depressao
O Inventário de Depressão de Beck-II (Beck, Steer & Brown, 1996) surge em 1996 e foi desenvolvido para avaliar os sintomas correspondentes aos critérios do DSM-IV para diagnosticar as perturbações depressivas. O inventário é, da mesma forma que as versões anteriores, composto por 21 grupos de sintomas, ou itens, e pode ser aplicado a sujeitos a partir dos 13 anos. Foram eliminados 4 itens da versão anterior (perda de peso, alteração na imagem corporal, preocupação somática e dificuldade profissional) que foram substituídos por outros 4 (agitação, falta de valor / inutilidade, dificuldades de concentração e perda de energia). Esta alteração ocorreu para que fosse possível avaliar sintomas típicos das depressões mais graves. Os itens referentes ao sono e ao apetite foram também modificados, de forma a permitir avaliar a hipersónia e a hiperfagia. Os restantes itens sofreram modificações ao nível da escrita. Como nas versões anteriores, a pontuação global é o somatório da pontuação em todos os itens. Os itens são contados de 0 a 3 pontos.
O Inventário de Depressão de Beck é actualmente um dos inventários para avaliar a intensidade da sintomatologia depressiva mais utilizados e dos mais investigados (Piotrowski, Sherry & Keller, 1985; Ritterband & Spielberger, 1996). Segundo Hiroe e cols. (2005), o BDI-II, dadas as suas qualidades psicométricas, promete continuar a ser o instrumento mais popular para avaliar a gravidade da sintomatologia depressiva, na continuação do seu antecessor, o BDI. A pontuação global do BDI-II é um indicador da gravidade da sintomatologia depressiva actual muito utilizado na prática clínica e em investigação (Brantley, Dutton & Wood, 2004). Trata-se de um instrumento adequado para medir a sintomatologia depressiva em populações de estudantes universitários (e. g. Carmody, 2005; Sanz, Navarro & Vázquez, 2003) e na população geral (e. g. Sanz, Perdigón & Vázquez, 2003). O