Depois da queda
R.: O dinheiro é forma universal de riqueza, por isso é um bem ao mesmo tempo público e privado. É bem público na medida em que é referência para os atos de produção e intercâmbio de mercadorias, para avaliação da riqueza e é bem privado, pois é instrumento de enriquecimento privado. E esse é o ponto fundamental. Portanto, a tensão existente entre o caráter público e privado do dinheiro exige a existência de uma autoridade que regule e organize o sistema de trocas e, o papel de autoridade vem sendo cumprido adequadamente pelo Banco Central no Brasil, fato que revela interesses dos que defendem a tal autonomia do Banco Central em relação ao setor público. Esses querem a autoridade monetária independente e servil aos interesses privados.
2. Belluzzo diz que “as regras de gestão da moeda dependem em boa medida de convenções que nascem do embate entre as frações capitalistas e entre estas e as classes assalariadas”. Explique.
R.: As regras de gestão da moeda são fundamentais para o bom andamento da economia do país, visto que o dinheiro é um objeto de acumulação de riqueza. Estas regras visam a estabilidade entre as frações capitalistas e as classes assalariadas. Uma vez que as frações capitalistas visão ampliar seu capital, as classes assalariadas, os consumidores, tem a função de fazer a economia girar, consumir. Em uma economia onde não há o equilíbrio entre as duas partes causa a perda do valor da moeda, perde-se a referencia de valor, causa incerteza, decisões cruciais de investir. Estas regras gera um equilíbrio competitivo em que existe uma oferta de moeda fiduciária valorizada, ou seja, a moeda pode ser trocada por bens de consumo. Para que a moeda tenha valor é necessário que a oferta de moeda seja limitada e seja impossível para outros agentes (além do Estado) terem a capacidade de recriá-la. Se todos