Depois Da Bossa Nova

Depois da bossa nova

Após o período inicial da bossa nova, novidades em termos musicais começaram a surgir. Tratava-se da utilização de novos temas a partir do ritmo e harmonia da bossa nova. A temática das músicas, antes concentradas na zona sul carioca, deram espaço aos temas nordestinos. Ao mesmo tempo, em Copacabana, desenvolvia-se um tipo de experimentação musical que se afastava do tom da bossa nova que, por alguns, era considerado traição. Foi desenvolvido um estilo musical que utilizava uma grande quantidade de instrumentos do jazz, diferentemente do que foi criado por João Gilberto. Instrumentos que antes foram rejeitados pelos bossa novistas, voltaram á cena. Os instrumentistas e músicos que promoveram essa ruptura abriram-se para diferentes tipos de performances que fugiam da estética do banquinho e violão, estilo da bossa nova. Era comum as apresentações possuírem espetáculos de dança ou a declamação de um texto literário. Também em oposição à bossa nova, os instrumentistas e músicos privilegiavam a música instrumental, levando os solistas a serem mais venerados que os cantores e, além disso, interessavam-se pela formação de bandas. Neste momento aparecem configurações musicais na linha afro, desenvolvidas por músicos muito distintos entre si, como Jorge Bem e Baden Power. Baden Power segue a linha européia, mais especificamente dos violonistas espanhóis de orientação modernista, compartilhando com os músicos de seu tempo a predisposição para misturar estilos musicais. Jorge Bem, de maneira semelhante a Baden, mistura estilos musicais como rock e samba. As canções da bossa nova eram, mais frequentemente, ouvidas pelo público da Zona Sul carioca. Já as tendências desenvolvidas posteriormente possuíam um público maior, de feitio universitário e politizado. A música popular deslocou-se para os teatros locais para estudantes ávidos por mensagens políticas através da música. O Brasil tinha tudo para ser uma nação prospera e poderosa. E seria atres