Dentro do grande quadro das teorias da argumenta o desde a antiguidade at o s culo XX
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1 - Dentro do grande quadro das teorias da argumentação desde a antiguidade até o século XX, a retórica ganha uma importante resignificação – que se reflete nas teorias dos anos seguintes- no período conhecido como apogeu aristotélico. Aristóteles, com a obra Retórica, desvincula-se da técnica do logógrafos, da mecânica sofista e principalmente da retorica moral platônica (busca da verdade). É com o pensador que a retórica passa a ser reconhecida como disciplina autônoma no campo dos saberes, tendo um alcance para além do campo jurídico como restringiam os logógrafos, ou político como restringiam os sofistas e filosófico por parte dos platônicos. A concepção aristotélica a identifica como “arte dos discursos” (Retórica I, 1,1354 a 12), o pensador visava com a retorica descobrir os meios de persuasão possíveis dentro dos mais variados argumentos, por isso ela é uma verdadeira forma de racionalidade. Para o pensador é fundamental identificar o tipo de ouvinte, partindo deste pressuposto, Aristóteles distingue três tipos de ouvintes. Para cada um, o pensador fundamenta um gênero discursivo diferente. A classificação é de acordo com o objetivo proposto, logo: O gênero deliberativo procura persuadir uma decisão de uma ação futura. O gênero judicial acusa ou defende alguma ação que ocorreu no passado. E por último, o gênero epidíctico onde o auditórios realiza elogios ou críticas de ações do presente.
No livro II, faz-se uma análise sobre a relação plano emocional e recepção do discurso retórico. Ou seja, uma série de elementos como a ira, amizade, confiança, vergonha e seus contrários são analisados, bem como o caráter dos homens (p.ex. o caráter dos jovens, o caráter dos ricos). (MAZZALI,C,2008,p.6) Aristóteles contribuiu com a reflexão sobre argumentação porque rompe com a união da retórica à moral e à verdade, que por sua vez era propostas pelos platônicos. O filósofo argumenta que a mesma pode ser colocada tanto a serviço do bem,