Dengue

Quem nunca deixou ingenuamente alguns milímetros de água se acumular em um potinho qualquer? Uma tampinha de garrafa pet, talvez? Aos olhos de um ignorante, essa é uma cena comum e sem muita importância. Porém aos olhos de um cidadão conscientizado, esse é o retrato de um possível foco de dengue. Não entendeu? Então se atente!
A dengue é uma doença séria, muitas vezes negligenciada pelas indústrias farmacêuticas mundiais. A razão está na elitização das enfermidades. A dengue, por exemplo, acomete, na maioria das vezes, países subdesenvolvidos, ou ainda não desenvolvidos. Seria ela então financeiramente compensatória para os laboratórios de pesquisa? Não, obviamente. Mas o que mais preocupa os Estados que sofrem desse tipo de epidemia, é que quem mais tem ignorado seus métodos profiláticos é a própria população.
O vetor da dengue é o mosquito Aedes Aegypti contaminado, o mesmo intermediário da febre amarela. O mosquito se reproduz em água parada, seja ela limpa ou suja. Logicamente que o método mais eficaz e talvez o único para se prevenir contra a doença é evitando a proliferação do transmissor. Verifique sempre os quintais, as ruas e lotes vagos perto de sua casa, e em casos de emergência ou focos já identificados comunique a prefeitura ou as autoridades responsáveis. Caso você comece a sentir dor de cabeça e atrás dos olhos, febre alta ou sintomas parecidos procure um médico urgentemente. A dengue é muitas vezes subestimada e acaba tendo conseqüências surpreendestes.
Você pode estar pensando: “Já li essa ladainha antes e não estou interessado”. Entendo perfeitamente! Porém devo ressaltar que recentes notícias divulgaram pesquisas feitas em Minas Gerais, nas quais foram catalogados quase oitenta mil casos de dengue. E essa situação ainda pode piorar. O que isso nos infere? À dedução de que as inúmeras e incontáveis campanhas financiadas pelo governo contra a disseminação da dengue no Brasil não tem funcionado. Será mesmo que absolutamente tudo é culpa dos