dendê de forma sustentável
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O Governo apresentou nesta quarta dois projetos para produzir comercialmente diesel vegetal a partir de óleo de palma, também conhecido como azeite de dendê, na Amazônia e garantiu que eles serão sustentáveis e terão um impacto mínimo sobre a maior floresta tropical do mundo.
Um dos projetos será desenvolvido pela Petrobras e o outro pela empresa em associação com a portuguesa Galp e terá como objetivo distribuir o combustível na Europa.
Os projetos com base no estado do Pará, apresentados hoje em entrevista coletiva por dirigentes do Ministério da Agricultura, da Embrapa e da Petrobras, serão lançados amanhã pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Programa de Produção Sustentável de Óleo de Palma contempla o uso de tecnologias não poluentes e concede linhas de crédito a pequenos agricultores das áreas nas quais serão instaladas as fábricas para que cultivem a palma.
O coordenador de Agroenergia do Ministério da Agricultura, Marco Antonio Viana, defendeu a necessidade de aplicar este tipo de políticas social para compensar o esforço das famílias cuja economia acabará dependendo do projeto. "A produção (da plantação) não começa a ser rentável até o quinto ou sexto ano, portanto estes créditos são necessários para sustentar essas famílias", explicou Viana, que também assinalou a vantagem de recuperar "áreas degradadas" por outros cultivos.
O óleo de palma é um dos extratos vegetais mais utilizados no mundo para a produção de combustíveis. Ano passado a produção foi de 45,9 milhões de toneladas principalmente na Indonésia, Malásia e Tailândia.
O Governo identificou mais de 29 milhões de hectares na Amazônia "adequados" para a plantação de palma, o dobro dos 13 milhões de hectares destinadas atualmente ao cultivo no mundo todo. "A Malásia, a Tailândia e a Indonésia são os principais produtores de óleo de palma, mas fizeram isso avançando sobre a selva, e nós não queremos isso", assegurou