Democratização da escola pública
A Pedagogia Crítico-Social dos conteúdos
José Carlos Libâneo
No final da década de 70 e início de 80, começou a tomar corpo entre os educadores brasileiros a preocupação de elaborar uma análise crítica dos modelos educacionais: escola tradicional e a escola nova. Com o objetivo de fazer do educador instrumento para analisar suas práticas e os possíveis descaminhos na Educação. E também encontrar o modelo pedagógico mais adequado com a construção de uma escola popular e de uma prática pedagógica condizente com uma nova proposta de escola.
O que consiste a Democratização da Escola?
A escola pública deve ser entendida como ampliação das oportunidades educacionais; difusão dos conhecimentos e suas críticas; elaboração cultural e científica das camadas populares majoritárias; e a sua inserção num projeto coletivo de mudança da sociedade.
Por que a pedagogia crítico-social dos conteúdos?
Uma pedagogia que leva em conta os determinantes sociais e que propicia a crítica dos mecanismos e imposições das classes antagônicas. E os “conteúdos” enfatizam a função da escola: a transmissão do saber e sua apropriação pelos alunos. Acredita que a elevação cultural seja a base para a inserção crítica do aluno na prática social da vida. Segundo George Snyders: “Quem quiser renovar a pedagogia terá de se lançar, antes de qualquer outra coisa, a renovação dos conteúdos”. A pedagogia consiste na unidade dialética de dois movimentos: continuidade e ruptura, numa constante e íntima ligação.
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR
Saviani (1981), escreve que os professores têm na cabeça os princípios da escola nova, mas a realidade é tradicional. O professor se sente num quadro contraditório pressionado pela pedagogia oficial racionalista e tecnicista. Libâneo (1987), classifica as tendências pedagógicas.
A – Pedagogia Liberal
1 – Tradicional / Intelectualista / Enciclopédica
2 – Renovada