Democracia e Liberalismo
Democracia e liberalismo:
As ideias e reflexões de A. Tocqueville e J. S. Mill
A Democracia de Tocqueville
Alexis de Tocqueville, após sua estadia nos Estados Unidos, escreve uma de suas obras mais importante, A Democracia na América (2005). Nesta, o autor constitui uma análise da vida social-política dos Estados Unidos, tendo como foco a região norte. Tecendo uma comparação entre o pais e os países da Europa, o autor estuda a respeito da democracia – tendência dos tempos modernos, sendo, primordialmente, um crítico dessa forma de organização. O autor constata que há contradições nessas sociedades democráticas, por meio da discussão sobre a liberdade e a igualdade. Para Tocqueville (2005), existe de fato um grande desenvolvimento da igualdade, tendo características universais: o poder da democracia é imenso. As principais características dessa democracia moderna seria a igualdade de condições: acesso às mesmas coisas, aos mesmos direitos, aos mesmos conjuntos de bens. Para o autor, todos partem de um mesmo ponto, mesmo que não cheguem aos mesmo fins.
O autor ainda atenta a respeito do self-made-man, que é o modelo mais difundido e cobiçado entre os americanos: aquele cidadão que, com seus próprios esforços, alcança suas metas. Uma das críticas de Tocqueville é a de que isso poderia levar a sociedade à mediocridade. Sendo esse modelo contrário à aristocracia, a qual, só uma parte tem acesso às mesmas condições, aos mesmos conjuntos de bens – sendo claro seu posicionamento conservador que, de alguma maneira, defende o modelo aristocrático. Os Estados Unidos, segundo Tocqueville (2005), chegaram às mesmas condições para todos os cidadãos – obviamente, omitindo a respeito da escravidão que ainda existia no sul americano. Novos hábitos surgiam com essa nova condição – a da igualdade – tanto para os governantes, quanto para os governados. Essa tendência já acontecia na própria França, segundo ele, “parece-me indubitável