Democracia Racial e Gilberto Freyre
O Mito da democracia racial é a ideia de que haveria no Brasil, ao contrário de outros países como África do Sul e Estados Unidos, uma convivência pacífica das etnias, e que todos teriam chances iguais individualmente de sucesso. Mas se isso realmente acontecesse não teríamos diversas cotas, ou pesquisas não mostrariam a desigualdade entre brancos e negros no Brasil.
Gilberto Freyre, sociólogo dos anos 1930, foi responsável pela criação do “mito”. Foi através de sua obra “Casa Grande & Senzala”, que surgiu a ideia de que no Brasil não há racismo. Os que adotaram esse mito seguiram cometendo o mesmo erro que o autor cometeu no inicio do século XX.
Freyre percebeu que a saída do negro da condição subalterna se daria pela conquista individual. Por exaltar esse acontecimento, muitos culpam Freyre pelo “mito da democracia racial” (igualdade das raças).
Muitos chegaram a discutir esse tema, e descobriram o grande erro de Gilberto Freyre, acreditar em uma igualdade inexistente.
Gilberto Freyre
Gilberto de Mello Freyre (1900 - 1987). Sociólogo, ensaísta, desenhista, poeta e romancista. Filho do professor e juiz Alfredo Freyre e de Francisca de Mello Freyre, estuda, desde o jardim de infância, no Colégio Americano Gilreath, onde enfrenta dificuldades no processo de alfabetização. Tem aulas particulares de pintura, desenvolvendo desde muito cedo a habilidade nessa área. Aos 14 anos, participa da sociedade literária do colégio, atuando como redator-chefe do jornal O Lábaro, editado pelos alunos, no qual publica seus primeiros artigos. Tendo concluído o curso de bacharel em ciências e letras no Gilreath, em 1917, segue, no ano seguinte, para os Estados Unidos. Forma-se bacharel em artes pela Universidade de Baylor e ingressa na pós-graduação da Faculdade de Ciências Políticas da Universidade de Colúmbia, em Nova York, obtendo o grau de mestre em 1922. Em viagem pela Europa, convive com artistas brasileiros como Tarsila do Amaral