Democracia na América : resenha do capítulo “Continuação dos capítulos anteriores”
Alexis de Toqueville acredita ser mais fácil estabelecer um governo absoluto e despótico nos povos em que há reais condições de igualdade. Esse despotismo seria opressor e roubaria alguns aspectos da humanidade dos indivíduos. Portanto, percebe-se que Toqueville não busca a reconstrução de uma sociedade aristocrática, pois todas as sociedades que se fundamentam em privilégios de uma classe estão condenadas ao fracasso. Contudo, nosso autor é um grande defensor da liberdade. Ele diz que devemos “fazer a liberdade sair do ventre da sociedade democrática que Deus nos faz viver”.
Analisaremos as como seria um governo livre. Esse governo seria mais uniforme, centralizado, mais penetrante e mais forte do que antes. Isso porque, antes o poder estava dividido entre soberano e nobreza. Agora o soberano detém os poderes, que não é contido, apenas pode-se evitar seus abusos. A sociedade se tornaria mais forte e o indivíduo mais fraco. Isso tem o lado bom, pois evita-se que poucos prejudiquem a sociedade ao serem beneficiados.
Toqueville defende a ideia de que a antiga função dos nobres na administração do estado poderia ser conferida a corpos secundários formados por simples cidadãos. Isso ajudaria a preservar a liberdade dos particulares, e ao mesmo tempo nos safaríamos dos males da hereditariedade. A associação dos cidadãos constituiria seres opulentos e fortes, verdadeiras pessoas aristocráticas.
Uma das consequências da liberdade é que ela afasta os cidadãos. Eles se tornam isolados e já não contam com os artifícios da aristocracia para se defender. Sendo assim a liberdade de imprensa é fundamental aos povos democráticos, pois ela permite que eles chamem em seu socorro toda a sociedade. Da mesma forma atua o poder judiciário, como um defensor dos interesses particulares, que sem ele estariam em perigo. Isso porque os povos democráticos possuem uns instintos naturais, todavia muito perigosos: o desprezo as