Democracia liberal, uma breve definição de autores
Democracia liberal: uma breve definição
Antes de apresentar críticas dos autores estudados em relação a democracia liberal, com ênfase na relação a vontade geral e individual, é necessário defini-la.
A democracia liberal, inspirada nos ideias iluministas, é uma forma de governo que tem como principal pressuposto a manutenção da soberania popular, que garante ao povo, sobretudo, a escolha de seus representantes políticos, a existência de instituições representativas e direitos políticos e civis. Aliado a isso, há o conceito de liberdade individual de escolha que proporciona ao individuo o direito de ir e vir, de propriedade privada, liberdade de expressão entre outros.
Dada esta definição, fica claro que no ideal na democracia liberal há uma coexistência entre as decisões da maioria e liberdade individual. Entretanto, esta coexistência é muitas vezes conturbada, sendo motivo de crítica de muitos autores sobre a democracia liberal.
Schumpeter
Schumpeter critica a democracia a medida que não acredita que seja possível haver uma ‘’ vontade geral ou o bem comum de todos os homens em uma sociedade. Para o autor, dentro de um Estado há diversos grupos que possuem concepções diferentes do que é bom. E ainda que houvesse consenso para o bem comum, haveria divergências quanto as maneiras de se atingir o mesmo. Portanto, Schumpeter crê que s a democracia liberal seria possível apenas em uma sociedade extremamente homogênea onde a um amplo acesso às informações por parte dos cidadãos. Entretanto esse tipo de sociedade seria exatamente primitiva, já que na medida que as sociedade se desenvolve torna-se também mais complexa.
O autor também prevê que nem sempre os indivíduos tomam decisões racionais já que são movidos por emoções e desejos. A irracionalidade seria ainda maior quanto maior a aglomeração de pessoas, estas entrariam em um estado de ‘’excitação’’ e seriam facilmente influenciadas pelos meios de comunicação.
Shumpeter não