Democracia ateniense vs Democracia brasileira

No mundo atual, os cidadãos enfrentam todos os dias uma busca incansável pelos seus direitos. Apesar dos grandes avanços que ocorreram na política mundial desde a Idade Antiga até a Contemporânea, que vivemos hoje, ainda podemos perceber diversas semelhanças entre os regimes políticos de antes e de agora. Ao longo desse texto, iremos fazer uma relação de semelhanças e diferenças entre a democracia de cidades da Grécia antiga e clássica, como Atenas, e a brasileira.
O termo democracia que significa poder da maioria é usado para designar o governo em que o povo exerce a soberania. Em algumas pólis gregas, o poder político era exercido diretamente pelos cidadãos por meio de assembleias realizadas na ágora, a praça central da cidade. Discutiam-se aí questões de interesse público, tomavam-se decisões e elaboravam-se leis. Atualmente, no Brasil, o poder de decisão e elaboração de leis não é exercido diretamente pelos cidadãos. Como todos sabem, elegemos políticos para que eles tomem decisões por nós. No âmbito municipal, os vereadores elaboram os projetos de leis, que depois de votados, podem ser sancionados pelo prefeito; já no âmbito nacional, os deputados e senadores elaboram as leis, que precisam ser aceitas pela maioria e assim podem ser aprovadas pelo presidente.
Na Grécia Antiga, os detentores das melhores terras chamados de eupátridas (bem-nascidos) constituíam uma aristocracia (governo dos melhores) que controlava o poder; já no Brasil, o poder pode ser exercido por qualquer pessoa, seja rica ou pobre, detentora de muitas terras ou não possuir nenhuma, desde que seja eleita pela população.
Poucos habitantes da pólis eram considerados cidadãos. Apenas os homens livres – proprietários de terra, artesãos, comerciantes e pequenos proprietários – detinham os direitos de cidadania. Estavam excluídos da vida política os escravos, os estrangeiros livres (metecos) e as mulheres em geral. Essa realidade mudou muito, no Brasil todos os habitantes nascidos no país e