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“Quando vemos a mídia deslegitimando movimentos sociais ou os apontamentos negativos de se associar a certos movimentos de proteção ao meio ambiente, sem contar a visão negativa de sindicatos e união de trabalhadores, temos uma sociedade que se forma pela visão do empregador”, explica. “A ideia de hoje é aceitar que a crise chegou, que temos que entender... Aceitamos a realidade de hoje pensando que poderia piorar e, nisso, deixamos de melhorar tudo”, diz.
Outra razão associada ao pouco engajamento dos jovens é a perda de credibilidade na política. De acordo com o professor, essa descrença gera uma indiferença que chega ao ponto de não haver esforço para lutar contra. “É aquela coisa de que não vai mudar de jeito nenhum, então não vou me mexer para dar murro em ponta de faca porque só vou sair perdendo”, analisa.
Tal atitude fica ainda mais clara quando se chega a época de eleições. Apesar de, no Brasil, o voto ser obrigatório para maiores de 18 anos e facultativo para quem tem entre 16 e 18, muitos jovens não consideram o ato de eleger um representante uma prioridade. A estudante Barbara Hertel, 22, é uma delas. Moradora de Londrina (PR), ela só compareceu às urnas na última eleição para prefeito por que a viagem que planejou com seus amigos não deu certo. “Não acho que meu voto faça diferença no final, por isso não me importo de viajar ou fazer outra coisa mesmo que seja época de eleição”, explica.
Causas mil
Afirmar que tais jovens não se mexem por não haver causa pela qual lutar é, de