demandas e respostas do serviço social
SOCIEDADE CAPITALISTA
Andrêssa Gomes Carvalho de Amorim1
INTRODUÇÃO
O presente artigo está baseado na compreensão de que o Serviço Social é uma profissão inserida na divisão social e técnica do trabalho, bem como na totalidade das relações sociais, por isso é historicamente determinado pelas relações entre as classes em confronto na sociedade capitalista. A sua intervenção profissional desenvolve-se nas organizações estatais, empresariais e filantrópicas (sem fins lucrativos e com fins lucrativos), em atividades assistenciais, majoritariamente, através da execução direta de serviços sociais. Assim, o assistente social, ao ser inserido na divisão social e técnica do trabalho, como vendedor de sua força de trabalho, tem que atender as demandas constituídas pelas instituições as quais está vinculado, e é isso que marca o seu perfil de assalariado.
Nessa direção, considerando a historicidade da profissão, entendemos que ela se configura e (re)configura no âmbito das relações entre o Estado e a sociedade, fruto das transformações nos processos de produção e reprodução da vida social que institui limites e possibilidades ao exercício profissional, condicionando as respostas profissionais dos assistentes sociais aos limites do sistema capitalista (IAMAMOTO, 2002).
Ao longo dessa exposição, objetiva-se analisar a relação entre as demandas e as respostas profissionais do Serviço Social na trajetória histórica da profissão no Brasil. Dada a complexidade do assunto, torna-se necessário caracterizar as demandas que são colocadas à profissão, sob a forma de demandas institucionais e profissionais; e investigar as respostas profissionais articuladas aos projetos profissionais ora hegemônicos no interior da categoria profissional, tendo em vista um projeto societário mais amplo e as expectativas particulares do Serviço Social no Brasil.
Estas breves linhas indicam um processo de investigação