Demanda por engenheiros nas empresas explode
Houve um tempo em que engenheiro, depois de se formar, virava suco - caso de um profissional que ficou famoso nos anos 1980 por, graças à falta de perspectiva em sua área, abrir uma lanchonete em São Paulo batizada de 'O Engenheiro que Virou Suco'. Três décadas depois, o enredo é outro. "Hoje, não falta emprego", diz José Tadeu da Silva, presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).
Para o futuro, o cenário é ainda mais otimista. Segundo a entidade, os cerca de 40 mil engenheiros formados anualmente no Brasil não serão suficientes para atender à demanda de 300 mil profissionais da área necessários para obras e investimentos previstos para os próximos cinco anos, como os da Copa do Mundo, das Olimpíadas, do PAC e do petróleo do pré-sal. Mas não é apenas a retomada de investimentos em infraestrutura que aquece o setor. "A necessidade de inovação tecnológica como fator de competitividade das empresas pressiona a demanda por engenheiros", afirma James Wright, coordenador da Fundação Instituto de Administração (FIA). Como resultado, sobra trabalho e faltam profissionais em dia com as exigências tecnológicas do mercado. "Depois de duas décadas perdidas, sem investimentos, grande parte dos engenheiros migrou para outras áreas, como o mercado financeiro", afirma Guilherme Melo, diretor de engenharias, ciências exatas, humanas e sociais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Para completar o quadro, a evasão de alunos nas faculdades de engenharia é tradicionalmente alta. "Algo entre 40 e 50% dos alunos abandona o curso, que é longo e difícil", afirma Melo. Quem consegue o canudo, porém, encontra ofertas de remuneração que costumam compensar o esforço. A categoria tem piso salarial de R$ 5.600 mil. Interesse
Com as boas perspectivas de