Demanda agregada
Resumo: A lógica é manter o equilíbrio, pois com as contas ajustadas e um mínimo de estabilidade, mesmo com o Estado falido, o setor privado pode proporcionar crescimento.
Portanto, mais impostos podem equilibrar as contas! Se o equilíbrio fiscal não for mantido, o país quebrará!
Rendição à racionalidade econômica. A economia é regida por equações matemáticas e é inútil brigar com os números ou com a lei da Oferta e da Procura.
Para se entender a lógica, é preciso ter em mente que, sempre, em qualquer situação, as medidas econômicas, de um governo digno, visam a, pelo menos, um de três objetivos:
i. controlar a inflação; ii. equilibrar as contas externas; iii. promover o crescimento econômico.
Os instrumentos de que o governo dispõe para alcançar estes objetivos são:
i. política fiscal: tributação (receita) e gastos do governo; ii. política monetária: taxa de juros, empréstimo compulsório dos bancos; iii. política cambial: regime de câmbio, tarifas de importação;
Trata-se de equilibrar os três objetivos dinamicamente manejando os três instrumentos, considerando que os objetivos se inter-relacionam de forma complexa e às vezes conflitante.
Simplificando, por exemplo, se o governo fixa o câmbio em nível muito baixo para controlar a inflação (como na Argentina de Domingo Cavallo e na âncora cambial do plano Real), inevitavelmente haverá aumento artificial de importações e redução das exportações, acarretando desequilíbrio na balança comercial no médio prazo. Portanto, o uso do “instrumento cambial” para alcançar o objetivo "reduzir inflação" pode comprometer o objetivo "equilíbrio externo".
Alternativamente, se o governo tenta conter a inflação aumentando a taxa de juros, há uma retração de demanda que compromete o objetivo "crescimento" mas, de outro lado, atrai capitais financeiros que podem ajudar a equilibrar o câmbio e as contas externas (balanço de pagamentos).
Caso o governo foque prioritariamente o crescimento